quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tendo pouco

A palma lisa da tua mão na minha nuca, os lábios crespos enrolados no meu peito, a superfície curva curvando-se diante do meu desejo, o lançar de um escuro perfume maldito, a doce violência colorida que desbota em mal-me-quer. Contra a parede. O laço solto e leve e meu, seu dançar desengonçado, todo o suor do teu corpo . Quieta, és só (minha).

terça-feira, 3 de julho de 2012

chifres ao santo

De asas de dragão e braços de minotauros não posso esperar tanta compaixão. Terreno morto e seco que eu toco com minhas patas agora treme como porco espinho a espinhar. Gota por gota, suco por suco e não posso voltar a forma tão fiel de deus. Ora, quanta gente faminta. Babavam por tripas. O senhor é teu escravo e ele você matará.