Recebes da mão a sua resposta
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
fruto de uma "não-poesia"
Recebes da mão a sua resposta
domingo, 26 de dezembro de 2010
demora
domingo, 5 de dezembro de 2010
por Matheus Simas Alves
Nada hoje é a palavra que o perturba, machuca seu coração e sua mente como nenhuma outra coisa que jamais fez uma lágrima cair. Isso tudo, para fazer com que ele percebesse que aquele turbilhão de emoções, que como um pesadelo, não iriam acabar tão cedo. Não era qualquer gota, era uma lágrima guardada por tempos e tempos, segurada nos momentos mais difíceis de sua vida.
Como que uma coisa que pra ele era tão insignificante, hoje se torna o ápice de sua tristeza, e consegue fazer algo que parecia ser impossível: um coração amargurado e frio derrama um choro, apenas pelo descaso de alguém que ao menos ele conhecesse o suficiente. Todas suas expectativas se esvaem, todos os seus anseios, tudo o que esperava sentir por alguém desce pelo ralo, assim como aquela ultima lagrima foi, sim:
a ÚLTIMA.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
repito
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sem sentido, com você
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
palavras de abraços
você está certa,
domingo, 28 de novembro de 2010
fui eu
o ser humano é grotesco, o ser humano erra
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
não mais dois
Fragilidade em forma de menina
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quarto escuro
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
(in)sensatez
um bom dia inverso
sábado, 20 de novembro de 2010
os verdes ainda não maduros
terça-feira, 16 de novembro de 2010
meia verdade
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
ócio
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
comestível
terça-feira, 9 de novembro de 2010
a falta da saudade carinhosa, o repúdio ao que se tem.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
subterrâneo
terça-feira, 2 de novembro de 2010
a palavra sofrida, mãe
sábado, 30 de outubro de 2010
sauda
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Psico a dois
Transpasso o seu traço.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sorria para a foto, senhor
Já se mistura no meio das respostas para a pergunta maldita.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
o antes do sono
sanduíche acéfalo
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
doença
domingo, 10 de outubro de 2010
em dó maior
Você não era assim, pequeno menino.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
qualquer
Entenda, sua prosa é poética.
você ri do meu cabelo
A verdade é que você tem tudo aquilo que eu disser que você tem. Seus trapos de roupa não me animam mais. Vista uma vassoura, tome banho com uma esponja de aço, sente em cima de pregos, e abrace apenas em seus sonhos. Tenha nojo, enxergue por outros olhos. Cole na parede, grude no teto, cuspa na cara. Comente sobre. Publique mentiras, e julgue.
sábado, 2 de outubro de 2010
um senti senti mento
Eu espero que a minha falta de bom senso nao interfira nos seus mais longos e calorosos gritos.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
água
O ar morno junto ao som que soava dos pássaros levava aquela menina a um lugar onde a companhia da natureza ajudava a fortalecer o seu âmago. Os peixes, que ali dançavam um maravilhoso balé, faziam com que a garota de lisos cabelos castanhos esquecesse todos os problemas que a seguiam. Manchas arroxeadas espalhadas por todo seu corpo não demonstravam sinal de dor alguma naquele lugar. Nem mesmo suas olheiras conseguiam fazer com que a tranqüilidade do momento desaparecesse. Enquanto o sol se despedia, o céu de um azul doce e infantil ganhava tons suaves de laranja crepúsculo. E os resquícios de luminosidade quente refletiam e evidenciavam um objeto que estava em uma de suas mãos.
O dia se fora e a lua, já em companhia da jovem, não impedia que o objeto perdesse seu brilho. Ela esticou o braço e sentiu as pontas dos seus dedos encostarem-se à textura áspera e gélida daquela terra muitas vezes tocada, mas só agora percebida. De imediato, com a mão que tocava a terra, cavou um buraco com espaço suficiente para suportar o tamanho e o peso que em cada feixe de luz emitia uma tristeza. Além do receio, a coragem e a convicção de uma vida melhor a impulsionou a soltar o que estava em sua mão. A transparência de uma água límpida e salgada escorria sobre a pequena abertura feita na terra. E um meio sorriso demonstrava o primeiro sinal de leveza que há muito tempo não se fazia presente.
Seu olhar vazio ainda pedia por um último desejo. Roupas foram deixadas, e seu corpo, de uma pureza pueril, ia em direção a um lugar onde os seus singelos caprichos podiam ser realizados. Estava perto de findar seu maior tormento: a solidão. Quando deu por si, estava cercada por um silêncio surreal. Fez-se submersa, mas a companhia que antes não tivera, agora, não desmanchava seu sorriso. E mesmo com a privação de qualquer ruído, ela preferiu estar e dançar com quem sempre lhe ouviu.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
carne e ação
domingo, 19 de setembro de 2010
atire a primeira pedra, por favor
domingo, 12 de setembro de 2010
o brilhante que partiu
O teu sorriso me maltrata. As noites estreladas junto ao seu lado eram mais monótonas e sinceras. A água límpida e salgada era acalmada com um beijo, e como eu o quero de volta. Eu sou apenas um pobre amador, não é mesmo? Nossos olhares já não se encontram no céu, e a sua voz fica distante demais. Seu toque direto e sincero fica apenas na lembrança. Tanto desafeto para um sentimento claramente abalável, é justo? Nunca me imaginei assim, como um aprendiz do teu amor. Quero a força da batalha inconstante ao nosso lado. Um telefonema é muito pouco. Até a neve já foi embora. Não suporto. Você e seus sete mil amores, e nenhum espaço para mim. Dá-me tua boca, teu corpo, tua alma.
Eu te quero.
tempo ao que não pertence ao tempo
Não tomava banho. Adorava lenços umedecidos. Divertia-se assistindo programas de TV, mesmo que a televisão permanecesse desligada. Sentada no sofá, fumava charutos importados, comia pepinos, e conversava com pessoas que, para os outros, não existiam. Cantava obras dramáticas que ela mesma inventava. Marcava encontros consigo mesma. Mascava calcinhas. Não depilava as axilas e, em ocasiões especiais, tinha noites românticas com seu abajur.
Seu nome era Tânia, e ela se jogou do seu apartamento por vícios, desamores e muito rancor.
Seu destino será arder. Aos poucos ela irá se acostumar com a dor, e sua luxúria irá apenas comover.
Tão amada Tânia, tão.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
parte do princípio que eu já fui
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
do jeito que eu queria
domingo, 29 de agosto de 2010
isso se chama qualquer
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
sem assunto
terça-feira, 24 de agosto de 2010
eu aposto o oposto
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
mulher de uma leitura
domingo, 22 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
gratuito
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
nosso ritmo
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
esqueleto antigo
terça-feira, 17 de agosto de 2010
cotidiano
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
o mundo filé milanesa
Não se esconda, Shirley!
domingo, 15 de agosto de 2010
um sujeito seguidor
domingo, 8 de agosto de 2010
Voando amarelo
FALTA-ME LUZ!
Minhas mãos choram. Minha barriga sorri. Meu coração engole. Meu pulmão enxerga. Minha boca imóvel, e sua pele sensível e viciante.