Eu tenho lá os meus problemas com as poesias, mas no fundo eu sei que não são elas as responsáveis pela maior parte de minha dor. Quando eu atravesso a rua, por exemplo, tenho vontade de ficar esperando o carro chegar mais perto, bater em minhas pernas para que eu bata com toda a força contra o vidro. Iria doer, eu sei. Mas as poesias também doem, e mesmo assim são poucos os que as culpam. Essa grande quantidade de respeito me incomoda, e essa porcaria de ciúmes é pura bobagem para a minha cabeça. Sempre acabo permanecendo entre dois pontos que ficam emitindo raios adversos entre si. Eu canso. Talvez a salvação seja mesmo a poesia, ainda que doa. Ou então, talvez não haja nada nem ninguém capaz de falar o que eu quero ouvir.
Não há comunicação.
Esbanjando grosseria
Nenhum comentário:
Postar um comentário