domingo, 8 de agosto de 2010

Voando amarelo

Risadas: eu quero as mais ricas e tocantes. Cores: eu quero as mais falsas e instigantes. Pessoas: não é necessário. Sentimentos: tudo aquilo que for sentido.
Eu desenho o meu próprio cenário, e transcrevo ali, uma trajetória nunca vista antes. Exponho na forma viva das palavras, todas as minhas vontades e loucuras, medos e vergonhas. Fazer. Falar, e amar.
Desde já eu confesso o meu problema com as vírgulas, e com o fígado. E quanto a minha imaginação, desprezo qualquer tipo de controle. Amarelo mostarda. A culpa não é sua, e nunca será! E não se preocupe, você não é a pessoa certa!
Começo a lembrar daqueles pés quentes, recém saídos do aconchego de uma cama macia, que tocaram o chão gélido e transformaram o calor coporal em uma grande onda de aflição intransitiva. E eu, apenas cuspia em forma de uma revolta, para que refletisse ao ponto de mudar a direção do seu olhar. Aos que te julgaram, coube o direito de manter a boca fechada enquanto eu me destruía cada vez mais.

FALTA-ME LUZ!
Minhas mãos choram. Minha barriga sorri. Meu coração engole. Meu pulmão enxerga. Minha boca imóvel, e sua pele sensível e viciante.

Insistência maldita esta sua de se meter nos meus desafetos. Eu não queria que fosse assim.
Olhos perversos os seus que continuam por não me enxergar. Metade de mim é maldade, e a outra também.
Abuso da máscara que me envolve. Mais uma dose, e poucas pessoas no estacionamento. Sigo, faço, e vivo: nessa viagem que não encanta a ninguém.
Os pés não esquentaram. Logo o sol começa a surgir. Tem pessoas à minha espera, estou atrasado. Alguns andares acima. Vermelho vivo. Uma cadeira. Dez segundos. Uma janela aberta. Brisa. Que vontade de voar.
FALTA-ME CHÃO!

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