assisto sua miséria indo deitar-se, seu cair em frente ao espelho,
teu próprio reflexo como despedida.
- inoportuna essa sua decisão.
Meia luz, meio sorriso, estado sem conforto.
- e eu fico aqui?
te destrói, mas não esquece que a cada pontada,
a cada corte,
meu peito aberto vai contigo.
nosso sonho hoje não mais vigora.
não no chão completo, mas não mais.
- hoje aqui faz frio, como você gostava.
em dias como esse nossos pés costumavam querer entrar em contato,
se entrelaçar lado a lado.
- e as nossas exaltações de poucas verdades em meio a tantos passos desordenados?
levanta logo, acorda desse sonho só seu,
diga uma última vez ao pé do ouvido aquilo tudo que eu quero.