quinta-feira, 15 de setembro de 2011

tumor


assisto sua miséria indo deitar-se, seu cair em frente ao espelho,
teu próprio reflexo como despedida.

- inoportuna essa sua decisão.

Meia luz, meio sorriso, estado sem conforto.

- e eu fico aqui?

te destrói, mas não esquece que a cada pontada,
a cada corte,
meu peito aberto vai contigo.

nosso sonho hoje não mais vigora.
não no chão completo, mas não mais.

- hoje aqui faz frio, como você gostava.

em dias como esse nossos pés costumavam querer entrar em contato,
se entrelaçar lado a lado.

- e as nossas exaltações de poucas verdades em meio a tantos passos desordenados?

levanta logo, acorda desse sonho só seu,
diga uma última vez ao pé do ouvido aquilo tudo que eu quero.

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