sábado, 10 de setembro de 2011

ah, ah

olhou de leve, leve. não hesitou.
fez da boca a certeza gelada, vermelha
macia feito morango doce sem açúcar.

deslizou pelas coxas, agarrou a mão.
despiu com força,
puxou o cabelo. enrolou-se.
chupou. chupou.

lábios grossos e rápidos arranhavam a alma.
azul marinho como nunca e sujo e imundo e imundo e imundo
e sujo e sujo e sujo.

quente que queima que queima quente.
que arde quente que quente arde.
que sente que dói que dói que sente.

imobilizou as costas
sem ar sem par
sem dois
sem pois


Nenhum comentário:

Postar um comentário