segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sorria para a foto, senhor


Já se mistura no meio das respostas para a pergunta maldita.
Justaposta no local indigno repleta de moscas ao redor.
Dois por cento de chance, e nada mais.
Confetes coloridos contemplando uma vida que se foi.
Ossos sendo colocados à superfície novamente.
Lígia acordará do sonho encantado.
Olhos cheios de sangue, lágrimas de solidão.
Pessoa intolerante, grossa e estúpida.
Espelho meu.

Faço da minha vida, a sua obra dramática.
Recebo das mãos alheias o seu suor.
Não consigo me comover.
Tanto trabalho em vão.
Vergonha é a sua vida, tão pobre.
Venha arrastando, beije meus pés.
Durma no frio, morra de fome.

Não me procure, sou sua sombra.



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