quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Psico a dois

Pela inocência de uma menina e de um menino.



Transpasso o seu traço.
Renego os teus passos.
Não posso aos amassos,
encontrar os teus abraços.

A distância não é física.
Nem todo copo fica cheio,
todo copo é fixo.

E o menino encaracolado, e travesso, desmonta de seu sublime cavalo.
Deveria ser diferente,
ou apenas uma inércia?

Camiseta rosa azul espalhando vírgulas por aí,
quanta igualdade,
quanta mesmice!

- Anule o seu padrão.

Volte a ideia fixa:
anule os laços,
junte aos rasos.

O universo volta aos vínculos,
ou apenas as "menas" (aos erros).

Desfaço o que faço, e você - um tanto palhaço - desliza por pregos e bananeiras.

- E eu?

Eu perdido nessa psique intrasigente.
Eu decidido a andar feito um animal,
um ser diferente de nós.

Esse nós que nunca sequer existiu.

Agora a terra enterra como simples moléculas desordenadas,
num passo de tempo-espaço,
sem mais maços.

- Desfaço os laços,
sobreponho o aço.

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