domingo, 10 de outubro de 2010

em dó maior


Você não era assim, pequeno menino.
Travesso, desengonça pelo salão.
Traz pra ti a mais bela moça.
Enxerga, suspira e desliza.

Botas de veludo, bocas de avelã.
Suspiros dengosos, cheios de mar.
Amarra o cadarço, vem te encontrar.

Ouça de longe o cavalgar das rodas de dança.
Beba mais leite, te pegue no colo.
Suspenda a bebida, dê-te um beijo.
Corra pra longe, fuja daqui.

Você sempre foi assim, pequeno menino.
Carrega no colo você e mais cinco.
Suporta, aguenta, suspira, enfrenta.

(Nada do que eu sinto é)

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