domingo, 5 de dezembro de 2010

por Matheus Simas Alves


E agora ele se depara estático, apenas vendo sua esperança, suas convicções e todo o amor que tinha pra oferecer, irem com o vento - assim como a areia da praia se esvai em um vendaval.

Nada hoje é a palavra que o perturba, machuca seu coração e sua mente como nenhuma outra coisa que jamais fez uma lágrima cair. Isso tudo, para fazer com que ele percebesse que aquele turbilhão de emoções, que como um pesadelo, não iriam acabar tão cedo. Não era qualquer gota, era uma lágrima guardada por tempos e tempos, segurada nos momentos mais difíceis de sua vida.

Como que uma coisa que pra ele era tão insignificante, hoje se torna o ápice de sua tristeza, e consegue fazer algo que parecia ser impossível: um coração amargurado e frio derrama um choro, apenas pelo descaso de alguém que ao menos ele conhecesse o suficiente. Todas suas expectativas se esvaem, todos os seus anseios, tudo o que esperava sentir por alguém desce pelo ralo, assim como aquela ultima lagrima foi, sim:

a ÚLTIMA.

Um comentário:

  1. É complicado falar sobre a dor de perder. Mas nesse aí, falou-se muito bem.

    "Como que uma coisa que pra ele era tão insignificante, hoje se torna o ápice de sua tristeza, e consegue fazer algo que parecia ser impossível: um coração amargurado e frio derrama um choro, apenas pelo descaso de alguém que ao menos ele conhecesse o suficiente."

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