terça-feira, 19 de julho de 2011

pequenas dores sóbrias

migalhas de um corpo sem fim
se arrastam lentamente pelo chão
cristalizado em pó de giz de cera.

lua nem tão cheia
mão nem tão quente..
mas ainda toca e sente
todo o pudor que um dia
ela resolveu lançar.

nem antes, nem esquecida..
lamentos ao vento.

desconfortada ela pediu
ela sorriu
ela fingiu
e um beijo forçado ela lhe deu.

sabor bege, como a manteiga sem sal,
esquecida em um pão qualquer.
(sabor não meu)

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