domingo, 1 de maio de 2011

mas, podes não lembrar mais?

Desenhos descoloridos deixados desengonçados ao chão. Partido em dois, em sete, em nove, em vento sem direção. A espera infinita em cor de quadrinho infantil. Folhas secas ao redor, muitas falas a se entregar. Detalhes desconexos, congelados quase sem ritmo. Ruídos de uma paisagem já esquecida.


Distantes demais.


A mão que aperta, os cabelos que voam e os olhos que descobrem. Prontos para ir. Buracos profundos, palavras quaisquer. Mente que sente e não pensa, mente que mente. Paredes distorcidas e pautadas. Notas não musicais, e chaves que nao abrem nada. E aquelas vidas que antes estavam juntas, hoje choram a sós?


Voce sem ela.


Abre a janela, enxugue toda essa chuva, desdobre seus desejos. O que mais te provocaria agora? Telhados de paris, contato próximo demais. Uma última palavra e a exaltação de toda uma situação, uma historia, um laço. Proibido a passagem de pedestres e voce se joga. Assim acaba? Entao voce se vê, você se enxerga, e você não quer a sua própria presença.


Um último gole e a falta de atenção.

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