sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

repito


Judite apaixonada andava pela rua em mais uma de suas caminhadas matinais. Meio sorriso no rosto, e um encanto capaz de despertar a atenção do bom velho da praça, do doceiro da confeitaria, do seu Juca da padaria. Seu rebolado insano seguia a cadência de uma mulher diferente, com um pouco mais de vida e agressividade. Judite apaixonada não tinha filhos, não tinha pai e mãe, não tinha ninguém. Apaixonada pelo além, nas noites, descia as ladeiras com lágrimas no rosto, estava cansada. A máscara estava presa, fazia parte dela, ela tinha um preço, e o seu valor a matou.

Mais uma tragédia qualquer,
Gritos a gosto..


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